segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Programa Nacional de Informática Educativa

Com base no EDUCOM e em todos os projetos decorrentes e apoiados por ele, O MEC juntamente com o governo federal lançou, em 1989, PRONINFE (Programa Nacional de Informática Educativa), que teve seu Regimento Interno aprovado em março de 1990, este programa possuía um modelo funcional e geograficamente descentralizado, funcionando através de centros de informática na educação espalhados por todo o país, com objetivo de desenvolver a informática educativa no Brasil, através de projetos e atividades apoiados em fundamentação pedagógica sólida e atualizada, assegurando a unidade política, técnica científica. Esses centros divulgavam e analisavam projetos educacionais, seus objetivos e resultados.
Outras ações prioritárias que destacavam-se, eram as atividades voltadas para capacitação de professores e técnicos dos diferentes sistemas de ensino, desenvolvimento de pesquisa sobre a utilização da informática na educação, aquisição de equipamentos computacionais por parte dos sistemas de educação pública e a produção, adaptação e avaliação de softwares educativos.
A inclusão das ações do PRONINFE foi importante para viabilização de financiamentos de diferentes tipos de bolsas de estudos e outros benefícios. A área de Informática Educativa passou então a ser um dos destaques do Programa de Capacitação de Recursos Humanos em áreas Estratégicas (RHAE), do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Em seu documento referencial, o PRONINFE fundamentava-se na necessidade de intensa colaboração entre as três esferas do poder público, onde os investimentos federais seriam canalizados com prioridade para a criação de infra-estrutura de suporte em instituições federais, estaduais e municipais de educação, para a capacitação de recursos humanos e busca de autonomia científica e tecnológica para o setor.
Em 1990, o Ministério da Educação aprovou o 1º Plano de Ação Integrada (PLANINFE), para o período de 1991 a 1993, com objetivos, metas e atividades, associados a um horizonte temporal de maior alcance. Neste plano, assim como no PRONINFE, destacava a necessidade de um forte programa de formação de professores, acreditando que as mudanças só ocorreriam se estiverem amparadas, por um intensivo e competente programa de capacitação de recursos humanos, envolvendo universidades, secretarias, escolas técnicas e empresas como o SENAI e SENAC.
A partir de 1992, em função de uma firme determinação do Ministro da Educação, foi criada uma rubrica orçamentária específica no Orçamento da União, para o financiamento das atividades do setor. Esta foi uma luta batalhada por mais de cinco anos pela coordenação do Programa, que acreditava em sua importância para a consolidação das atividades planejadas na área, para que não ficasse à mercê de possíveis injunções políticas, como de fato ocorreram.
Não há informações claras em artigos ou livros sobre a extinção do PRONINFE,  entretanto, que o que pode ter ocorrido foi a incorporação de outros projetos que acabaram modificando sua estrutura inicial. Fazendo com que o PRONINFE desse lugar  ao PROINFO (Programa Nacional de Informática na Educação), lançado em abril de 1997, quase dez anos depois do PRONINFE.

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